“A singularidade de cada indivíduo
é a manifestação única de uma história.”
Nelma da Silva Sá
A pergunta que costumo fazer às pessoas que encontro é: “Você poderia compartilhar sua história comigo?” Essa curiosidade é uma extensão natural da minha paixão por viagens e jornadas, especialmente para os cantos menos visitados do nosso país. Em cada destino, reservo um tempo valioso para ouvir as histórias de vida das pessoas locais. Essas interações não apenas enriquecem minha compreensão do mundo, mas também proporcionam insights valiosos sobre a diversidade das experiências humanas.
Essa busca por narrativas significativas vai além do meu tempo de lazer. Na minha atuação profissional, também sou impulsionada pelas histórias de vida. A cada novo processo, sinto-me convidada a mergulhar novamente na minha própria história. Essas narrativas revelam, repetidamente, os recursos únicos e singulares que cada indivíduo possui para realizar seus sonhos e superar desafios.
Cada um de nós, com suas próprias experiências e perspectivas únicas, abriga desejos e aspirações intrínsecas. O ímpeto pela vida e o desejo de viver plenamente residem dentro de cada um. No entanto, ao longo do tempo, somos moldados por noções preconcebidas de sucesso e fracasso, possibilidade e impossibilidade, que aos poucos minam essa força interior. Muitos de nós, gradualmente, podem ser aprisionados por essa visão restritiva, o que nos leva à resignação e à conformidade, abandonando a busca pelos nossos verdadeiros anseios. É possível que estejamos sendo governados por crenças limitantes que nos levam à frustração e nos fazem aceitar papéis secundários em nossa própria narrativa.
Há muitas formas de revisitar nossa própria história, e uma delas é bem simples e poderosa. Em um caderno, agenda ou diário, construa uma narrativa respondendo perguntas como: Qual é o seu nome e qual é a origem dele? O que ele significa para você? Qual a sua cor de pele? Sua identidade ou seu gênero? Quem são seus pais? Onde você nasceu e onde mora atualmente? O que você mais gosta de estudar? Quais são seus passatempos prediletos? O que você gosta de comer? Quais são suas convicções? O que te anima e faz o coração bater mais forte?
Ao concluir o seu registro biográfico, contemple a sua história por alguns momentos e reconheça suas potencialidades. Não importa o que as pessoas pensam sobre quem você é. Honre a sua história. Todos nós cometemos erros e acertos, temos medos, e é provável que continuemos tropeçando. Mas, se nos abraçarmos calorosamente, recuperaremos nossa confiança e poderemos ouvir nosso verdadeiro nome e voz.
Ao registrar nossos sonhos, encontros, imagens e acontecimentos significativos, nos apropriamos cada vez mais de nossa história. Quanto mais olhamos para ela, mais conscientes ficamos de nosso papel no mundo. A partir daí, é só assumir as rédeas e seguir em frente como o protagonista da sua história.
Bons passos!
Nelma da Silva Sá é Facilitadora, Educadora, Pedagoga e Administradora de empresas. Coach de Processo de Transição Profissional. Especialista em Dinâmica Organizacional, Gestão e Ambiente de Trabalho. Pós-graduada em Transdisciplinaridade e Desenvolvimento Integral do Ser Humano pela Universidade Internacional da Paz. Experiência em Organizações Privadas com foco em implantação de Projetos e Desenvolvimento de Equipes e Lideranças. Cofundadora, Presidente e Coordenadora Pedagógica da Unipaz São Paulo. Facilitadora dos Programas: Eneagrama, Autogestão, Educação Ambiental e A Arte de Viver a Vida de Pierre Weil.