Unipaz São Paulo

Mente, Corpo e Coração em Ação

“O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. 
O que penso não sinto…” 
Clarice Lispector

A poesia de Clarice Lispector sintetiza muito bem como o pensar, o sentir e o agir estão conectados às nossas capacidades, ou incapacidades, de sermos pessoas e de nos relacionarmos no mundo.

Dulce Magalhães também costumava dizer, repetidas vezes, que “somos o que pensamos ser e pensamos segundo o que aprendemos”. O que será que essas duas frases têm em comum? Elas sugerem que a forma como lidamos com nossos pensamentos, sentimentos e atitudes tem uma influência muito grande na maneira como vivemos.

Na cultura ocidental internalizamos como verdadeira a afirmação “penso, logo existo”.  Com essa crença arraigada coletivamente, somos levados a criar  padrões de pensamento que moldam nossas ações. É imenso o número de pessoas que recorrem ao poder da mente para a concretização de seus desejos, estratégia que ficou ainda mais popular com o lançamento do livro e o filme “O Segredo” nos anos 2000. 

Na grande maioria das vezes, o hábito de pensar em excesso pode dificultar uma tomada de decisão, lembra do ditado: “quem pensa não casa”? Além disso, pode provocar distúrbios como diminuição do sono, excesso de ansiedade, entre outros. 

Porém, não são só os pensamentos em profusão que fazem mal. Emoções em  excesso  também podem ser prejudiciais à saúde.  E aí vem os ditados populares novamente mostrando sua sabedoria quando dizem: “a pessoa está doente de amor” ou “aquela pessoa é puro sentimento”. Os sentimentos em excesso podem ser geradores de emoções intensas que causam efeitos físicos e psicológicos nocivos, podendo ocasionar aumento dos níveis de estresse e favorecer ainda o surgimento de vícios e até mesmo pensamentos suicidas.

De novo, a sabedoria popular ensina: “nem tanto ao céu, nem tanto à terra”. Nem tanto pensamento, nem tanto sentimento, nem tanta ação desconectada.

Pensar, sentir e agir formam uma dinâmica continua, sem forma, começo e nem fim, que acontece não apenas de maneira consciente. É um fluxo de movimento ininterrupto, como se fosse uma lemniscata, o símbolo do infinito, integrando harmonicamente o pensar, sentir e agir.

Mas será que é possível alcançar esse equilíbrio no dia a dia?

Pare, respire e pergunte-se:  eu me percebo conectado com meus pensamentos, sentimentos e ações? Ou vivencio tudo isso de forma automática? 

Se você escolheu a segunda opção, está tudo certo. A maior parte das pessoas vive no automático, mas a boa notícia é que  você pode escolher, a partir de agora, observar essa dinâmica em você. Para isso, vamos entender bem o pensar, o sentir e o agir.

De forma mais didática, o pensar é normalmente fruto da nossa conexão com eventos do passado, é o racional, é o repertório de conhecimento, o universo da lógica  e da memória. É a dinâmica do sistema neurossensorial, sendo a via pela qual nós nos percebemos como seres ativos, capazes de ter consciência de nós mesmos e dos objetos à nossa volta.

O sentir é o que nos conecta com o aqui-e-agora. Está relacionado com os sistemas rítmicos circulatório e respiratório.  Apresenta-se como uma sensação individual que valida a pessoa como ser particular e singular. Ninguém poderá sentir por nós e nem explicar um sentimento que é nosso. Isso porque o sentimento provoca uma emoção para cada momento vivido. O sentir funciona ainda como um mediador entre o sistema do pensar e o sistema do agir.

O agir está relacionado com o “querer”, refere-se aos atos da vontade e está ligado ao sistema metabólico e locomotor do corpo, cujo funcionamento não depende da intervenção do pensar e do sentir. 

Mas por que equilibrar o pensar, o sentir e o agir é importante?

Pierre Weil, em seu livro  A Arte de Viver em Paz, escreveu que a mais ameaçadora de todas as fragmentações foi a que dividiu as pessoas, em corpo, emoção, razão e intuição. Essa  fragmentação, segundo ele, “nos impede de raciocinar com o coração e de sentir com o cérebro”.

Essa fragmentação provocou uma distância entre o pensar, o sentir e o agir. Quanto mais desconectados estamos, mais as nossas ações e reações podem ser automáticas. Um dos grandes riscos da desconexão é o afastamento dos princípios e valores pessoais, que são norteadores das escolhas que fazemos ao longo da vida.

Dulce Magalhães sempre nos convidava a investigar se as nossas ações no mundo imprimiam  nossas próprias cores, nossa verdade, e se faziam sentido para nós, para o outro e para a sociedade. E isso só acontece quando o equilíbrio entre o pensar, o sentir e o agir se faz presente.

O que você quer concretizar agora? Faz sentido o que você quer fazer? Essa escolha está conectada com o seu pensamento e o seu coração? 

Nós, da Unipaz São Paulo, estamos comprometidos em ajudá-lo(a) a encontrar esse fluxo harmônico de ações conectadas à razão e ao coração, com ferramentas, metodologias e vivências para orientar você no caminho da inteireza.

Lenita Fujiwara é redatora, reikiana, aprendiz de pós-graduação em Psicologia Transpessoal e membro da equipe de Comunicação da Unipaz SP, além de practitioner de Barras de Access e terapeuta Alquímica Floral.

Nelma da Silva Sá é Facilitadora, Educadora, Pedagoga e Administradora de empresas. Coach de Processo de Transição Profissional. Especialista em Dinâmica Organizacional, Gestão e Ambiente de Trabalho. Pós-graduada em Transdisciplinaridade e Desenvolvimento Integral do Ser Humano pela Universidade Internacional da Paz. Experiência em Organizações Privadas com foco em implantação de Projetos e Desenvolvimento de Equipes e Lideranças. Cofundadora, Presidente e Coordenadora Pedagógica da Unipaz São Paulo. Facilitadora dos Programas: Eneagrama, Autogestão, Educação Ambiental e A Arte de Viver a Vida de Pierre Weil.

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