A ideia de que a transdisciplinaridade é a linguagem do “e” enquanto a disciplinaridade é a linguagem do “ou” reflete uma diferença fundamental na abordagem ao conhecimento e à colaboração entre diferentes áreas. Na linguagem do “ou”, somos frequentemente forçados a escolher entre caminhos separados, isolados, que limitam nossas perspectivas e compreensões. Cada disciplina, ao ser tratada de forma isolada, muitas vezes ignora as ricas interconexões que existem no mundo real.
A linguagem do “e”, ao contrário, promove uma visão integradora, onde múltiplos saberes e perspectivas se encontram e se complementam. A transdisciplinaridade celebra a interseção de diferentes campos do conhecimento, permitindo uma compreensão mais holística e profunda. Quando adotamos a linguagem do “e”, reconhecemos que as complexidades do mundo exigem soluções que transcendem as fronteiras disciplinares.
Na prática, a transdisciplinaridade como linguagem do “e” incentiva a colaboração e a cocriação. Cientistas, artistas, engenheiros, filósofos e pessoas dos mais diferentes saberes podem unir suas forças para abordar problemas comuns, cada um trazendo suas próprias experiências e conhecimentos para a mesa. Esse encontro de ideias diversas não apenas enriquece o processo de solução de problemas, mas também gera inovações que seriam inatingíveis através de uma abordagem isolada.
A linguagem do “e” na transdisciplinaridade também fomenta a inclusão. Em vez de segregar o conhecimento, ela acolhe a pluralidade de vozes e experiências, promovendo um ambiente onde todos podem contribuir e aprender uns com os outros. Isso cria um espaço de respeito e valorização mútua, essencial para o avanço do conhecimento e para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Adotar a linguagem do “e” na transdisciplinaridade significa abraçar a complexidade e a riqueza do mundo, reconhecendo que nenhuma disciplina, por si só, pode oferecer todas as respostas. É na união das diferentes áreas de saber que encontramos as soluções mais completas e inovadoras, refletindo a verdadeira natureza interconectada da realidade.
Portanto, ao falar a língua do “e”, promovemos uma cultura de união e interdependência, onde todos têm um lugar e uma voz. É através desta linguagem que podemos criar um mundo mais justo, compassivo e harmonioso, onde a inclusão é a norma e a exclusão não encontra espaço para existir.
Na riqueza do Encontro, a ponte se estabelece, a troca se faz, as revelações se dão, a completude se manifesta, e o sagrado é. No “e”, descobrimos a verdadeira potência do coletivo, do compartilhamento e da coexistência. É no “e” que o mundo se torna mais amplo, mais profundo, mais humano.
Nelma da Silva Sá é Facilitadora, Educadora, Pedagoga e Administradora de empresas. Coach de Processo de Transformação Profissional. Especialista em Dinâmica Organizacional, Gestão e Ambiente de Trabalho. Pós-graduada em Transdisciplinaridade e Desenvolvimento Integral do Ser Humano pela Universidade Internacional da Paz. Experiência em Organizações Privadas com foco em implantação de Projetos e Desenvolvimento de Equipes e Lideranças. Cofundadora, Presidente e Coordenadora Pedagógica da Unipaz São Paulo. Facilitadora dos Programas: Eneagrama, Autogestão, Educação Ambiental e A Arte de Viver a Vida de Pierre Weil.