Praticada há milênios pelas diversas tradições espirituais e sabedorias sapienciais dentro de templos, igrejas e nas florestas, a partir da década de 60 a meditação se popularizou e passou a ser praticada em diversos espaços pelo mundo.
Durante a travessia dos dois anos de isolamento pela pandemia, esta prática espalhou-se também pelas redes virtuais como uma grande tecnologia humana para o alívio do stress causado pelas inúmeras demandas do cotidiano, pela ansiedade e medo do novo estilo de vida, na busca da saúde e da tranquilidade.
As grandes tradições nos dizem que o propósito primeiro da meditação é tomar consciência de nossa vida interior e familiarizar-se com ela. O propósito final é alcançar a Fonte da Vida e da Consciência, e conhecer esta fonte é Ser a fonte.
Meditação é prática, é cultivo diário. Podemos meditar sentados, caminhando, dançando, cantando, sozinhos ou em grupo, diante de uma paisagem exuberante, em nossos quartos, e até mesmo, lavando pratos. Inúmeras são as técnicas, as posturas corporais, com músicas e mantras, guiada pela voz de alguém ou em total silêncio. Cada um/a poderá escolher a melhor maneira que combine com seu estilo.
Nos encontros entre as tradições e a ciência nos anos 90, foram apresentados os resultados das pesquisas realizadas através dos exames de ressonância magnética nos cérebros em grupos de meditantes, (incluindo o Monge francês da linhagem tibetana e biólogo Matthieu Ricard) e não-meditantes, que comprovaram os benefícios da meditação afirmados pelos praticantes, e mais ainda que, a meditação ativa imensamente certas áreas do cérebro relacionadas com a compaixão e o altruísmo. Comprovaram que graças à plasticidade do cérebro, ele se converte naquilo a que nos acostumamos: se ficarmos com raiva o tempo todo, as redes correspondentes serão reforçadas na mente. Se cultivarmos o altruísmo e o equilíbrio emocional, a rede cerebral correspondente será fortalecida.
Todos os estudos neurocientíficos mostraram que cultivar a atenção, a compaixão e nos libertar de pensamentos obsessivos produz mudanças tanto funcionais quanto estruturais no cérebro. Matthieu Ricard nos conta que “nossa mente pode ser nossa melhor ou pior inimiga”. Portanto, se pudermos treinar um pouco a mente e dominá-la um pouco, será de grande ajuda para nos libertarmos de nossas tendências habituais e pensamentos automáticos, dos apegos que geram sofrimento.
Como cultivo, nasce a possibilidade de ampliar a consciência da realidade, facilitar a visão maior para inúmeras possibilidades criativas, do despertar espiritual, para a abertura do fluxo do momento presente e mais além. Integrarmos corpo e mente, desenvolvermos a autodisciplina, treinarmos foco, a concentração e a lucidez.
Independente da técnica ou da origem da tradição, o importante é começar, nem que seja por um minuto, e torná-la uma prática diária em qualquer idade. Sair do piloto automático e trazer a presença na atenção plena do instante que se apresenta.
Para além de uma ferramenta essencial em nossa bagagem para trilharmos nesta existência, lembrarmo-nos de quem somos, o Educador, Doutor em Psicologia e fundador da UNIPAZ Pierre Weil nos convida: “meditar é voltar para casa”.
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